Assumindo que não se assume o inassumível: outubro 2010

Já ouvi esta frase umas quantas vezes. E chegou a altura de prestar um esclarecimento público a todas as pessoas que já a disseram. Aqui vai:

É que, ao contrário dos vossos coisos a que também chamam telemóveis, quando eu pego no telemóvel posso estar a escrever um tweet, a publicar uma foto no Facebook, a jogar um jogo, a ler e escrever na minha agenda, a ler ou a enviar um email, a consultar a meteorologia, a ler um jornal, uma revista ou um livro, a ouvir uma música, a ir ao Google ou Wikipédia, a ver como está o trânsito no caminho que pretendo tomar a seguir, a procurar um contacto nas páginas amarelas, a tirar uma fotografia, a fazer ou a ver um video, a passear pelo YouTube, a procurar uma farmácia de serviço na minha zona, a escrever ou a ler uma SMS, a ver um stream de um qualquer programa de televisão, a preparar-me para uma sessão de karaoke, a saber qual a programação da televisão, a aceder ao teletexto de um determinado canal, a controlar remotamente o meu Mac de casa, a comunicar através de um qualquer instant messenger, a reservar um hotel, a aceder à minha conta bancária e a escrever um artigo no blog.

Assim, atendendo à enorme variedade de assuntos que ele me permite resolver, é natural que o tenha muito tempo na mão.