quinta-feira, janeiro 28, 2010

ASSUMiTunes

Mais uma semana...
Desta vez Black Metal alemão.
Vociferam acerca da Primavera nesta genial 'Frühling: Des Schwarzen Flieders Wiegenlied'
(Só depois dos 2m10s é que vão ficar verdadeiramente fascinados com a música)

NOCTE OBDUCTA!!!

Ein Glas uralten Whiskys ruht wie rauch'ges Gold in meiner Hand
Die Sonne wirft ihr letztes Licht und spiegelt golden sich im Glas
Kühle Luft umspielt mich sanft, ein leichter Hauch von nahter Nacht
Wiegt sich in Abendwärme und mein Tritt spürt wieder weiches Gras

Irgendwo hinter den Wäldern weht ein vager Hauch Anis
Weit entfernt und dennoch klar ein Schatten alter Lieder
Zwielicht wandelt zwischen Sträuchern, farbenfroh in grau gewandt
Und zwischen Tag und Nacht hängt süßer Duft von schwarzem Flieder
Die Kälte alter, dunkler Gräber weicht aus meinen müden Knochen
Ich schreite schlendernd fort und fort durchs Leben nach den Grüften
Die Schatten wachsen dunkler nun, wie Boten einer nahen Nacht
Doch der Geruch des Tages liegt noch immer in den Lüften

Das dunkle Blut der Frühlingsnacht entfaltet fruchtig sein Aroma
Im Schatten dunkler Äste, wo verborg'ne, fremde Vögel singen
Vögel, die der Mond sich schuf, sie folgen ihres Schöpfers Ruf
Dem bleichen Herrn des tiefen Firmamentes der Nacht ein Lied zu bringen

Die Dämmerung verschlingt den Tag, durchflutet mich mit Ewigkeit
Mein Geist erblüht in Finsternis und tastet suchend in die Weite
Der Schwarze flieder ruft mein Blut zum nebeligen Wald, und du
Erwartest schweigend mich auf dem murmelnden Baches dunkler Seite

Der schwarze Flieder
Auf ewig lockt mein Herz
Immer und immer wieder

Wie tränen eines vergessenen Gottes
Im Traum einer toten Königin
Der Nebel trägt der schwarzen Tulpe Requiem
- Des schwaren Flieders Wiegenlied

...und schüchterner Nebel schmiegt sich an uns und wabert
In Träumen
Gottlos
Für immer verloren
Doch in Freiheit

Mein Kopf auf deinem Schoß
Mondlicht fällt in meinen blutbenetzten Augen
Regen... oder streicheln Tränen mein Gesicht?
Wird es ein Morgen geben?
Was wird sein für jene, die noch leben?
Die Frühlingsnacht sinkt langsam in ein Nichts
Und längst vergessenes Lachen dringt anheimelnd an mein Ohr...

Ein ferner Duft von Flieder als der Tod uns holt
Falsche Götter höhnen, etwas geht vorbei
Doch dies ist nicht mein erster Tod, die Trauer schmeckt so süß
Denn ich bin wieder frei

quarta-feira, janeiro 27, 2010

O Norte

Por Miguel Esteves Cardoso

«Primeiro, as verdades.
O Norte é mais Português que Portugal.
As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.
O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.
As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes
que já se viram.

Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana
secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à
vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca.
Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se
vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco
ao olhar. Até o granito das casas.

Mais verdades.

No Norte a comida é melhor.

O vinho é melhor.

O serviço é melhor.

Os preços são mais baixos.

Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma
ninharia.

Estas são as verdades do Norte de Portugal.

Mas há uma verdade maior.

É que só o Norte existe. O Sul não existe.

As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira,
Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.

Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.

No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se
identifica como sulista?

No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos
falam de Portugal inteiro.

Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.

Não haja enganos.

Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.

Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.

Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que
constitui Portugal.

Mas o Norte é onde Portugal começa.

Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.

Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte,
Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito
pequenina. No Norte.

Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.

É esta a verdade.

Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial
mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à
parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul -
falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do
Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a
que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.

No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito
estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não
quer a coisa.

O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.

O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho.
Tem esse defeito e essa verdade.

Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável,
porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses)
nessas coisas.

O Norte é feminino.

O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher
portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá
nas vistas sem se dar por isso.

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis,
daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se
sozinhos.

Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de
frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão
confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas,
graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas
pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as
verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram
quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma
panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo
puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os
olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos
brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de
braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como
conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.

São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte
deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em
Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão,
numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.

Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.

Só descomposturas, e mimos, e carinhos.

O Norte é a nossa verdade.

Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no
Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só
porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que
preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o
Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português
escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.

Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não
escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as
defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O
Norte".

Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender
Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua
pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma
terra maior, é comovente.

No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em
Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte
de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho
ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece
vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para
as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima
de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para
adivinhar.

O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós
todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e
dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a
maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse
só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos
outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?»

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Optimus TAG e a perda de concorrência no nosso mercado de telecomunicações móveis

Quando a Optimus apareceu no mercado português a 15 de Setembro de 1998, abriu-se o caminho para que as telecomunicações móveis deixassem, definitivamente, de ser um bem luxuoso.
A então Telecel e a TMN tiveram que repensar a sua forma de chegar ao mercado, nomeadamente desenvolvendo novos serviços e baixando os preços dos produtos idênticos aos oferecidos pela Optimus.
Eu passei a ter telemóvel. Toda a gente na minha escola passou a ter um. Agora é normal um miúdo ter telemóvel com uma idade bastante inferior à que eu tinha na altura (17 anos). Quando eu tinha 16 anos, só a elite tinha telemóvel. Quando eu tinha 17, tudo mudou.
No dia 14 de Setembro de 1998 o telemóvel era coisa de 'gente rica'. No dia seguinte até eu tinha telemóvel.
E falava com os meus pais por 5 escudos por minuto! Além de já não ser uma coisa de 'gente rica', as chamadas móveis eram mais baratas do que as da rede fixa! E as SMS - que eram uma novidade (eu ainda me lembro que, no início, para se enviar um SMS se tinha que fazer como com os pagers. Ligava-se um número, dizia-se a mensagem a um operador e ele é que enviava a SMS para o telemóvel) - eram grátis! Mas apenas se conseguia enviar de Optimus para Optimus. Depois lá se começou a conseguir enviar para as outras redes, de forma grátis, através de (pasmem-se!) centros de mensagens do Sri Lanka e Qatar, que me lembre. Estes dois não me podia esquecer!:)
Não me lixem. Com isto é impossível negar que a Optimus tenha revolucionado o mercado desde o primeiro dia de existência.
Ainda assim - e esta é uma opinião pessoal mas que sei ser partilhada por muita gente - a Optimus era a 'rede dos pobres', porque tinha os preços mais baixos. E então muitos associavam isso à fraca qualidade dos seus serviços. Ao invés, ninguém pensava que queria apenas ganhar mercado e que, quanto menos clientes tiver, melhor é o serviço que presta, na medida em que o sistema não está tão sobrecarregado com processamentos.
Assim, a elite era cliente Telecel. A burguesia (e, faça-se justiça, as pessoas que viviam em locais mais remotos, onde a TMN era a única rede que tinha cobertura) era cliente TMN. E os pobres eram clientes da Optimus.
É frequente dizer-se por aí que em Portugal há muita pobreza escondida. E é verdade. E até nesta questão das operadoras móveis isso se notou sempre. Muita gente preferia pagar mais caro pelas suas chamadas mas afirmar-se como cliente Telecel. Era um símbolo de riqueza. E continua a ser.
Todos os médicos que conheci até hoje são clientes Telecel e, agora, Vodafone.
Todos os empreiteiros de construção civil (e açorianos;)) que conheço são TMN.
Todos os clientes das minhas defesas oficiosas são, agora, Optimus. TAG.

Os anos foram passando e a Optimus continuou a ser a eterna terceira operadora móvel do país.
No entanto, começou a ser a mais inovadora e a arriscar em produtos muito vantajosos, nomeadamente por permitirem a possibilidade de comunicações grátis. Estou a falar dos tarifários Chat em que, pelos menos, as SMS eram grátis entre clientes Optimus.
Só que, esses produtos não eram 'loucuras' com as quais as suas concorrentes não pudessem rivalizar. A Optimus oferecia SMS grátis entre os seus clientes, e logo de seguida as suas concorrentes ofereciam produto idêntico. Ou quase. Nas alturas de Natal e Ano Novo, as SMS 'grátis' deixam de o ser, enquanto na Optimus isso nunca sucedeu.

E eis que chega 2008 e a Optimus faz uma (poderei dizer?) desesperada última tentativa de largar o terceiro lugar. Lança o tarifário TAG.
E, pela primeira vez, as suas concorrentes criam algo semelhante (uma assinatura mensal camuflada de tarifário pré-pago) à primeira vista mas que é absolutamente distinto. Primeiro, alguns dos seus clientes caem na jogada e mudam. Mas ao fim de um ano do lançamento, começa a debandada total para a Optimus. E, curiosamente, Vodafone e TMN mantêm os seus produtos. Não alteram uma vírgula.
E eu pergunto: estratégia de mercado? Impossibilidade técnica? Ganância empresarial?

Porque para o mercado funcionar bem, tem que haver concorrência. E o que vejo (e que nunca pensei que veria, porque a Optimus é a 'rede dos pobres') é um grande número de pessoas a deixar as suas operadoras de anos e a tornarem-se clientes Optimus. Ou mesmo, a não abandorem as suas operadoras, mas a tornarem-se, simultaneamente, clientes Optimus. E estas, certamente, não sustentarão dois contratos para sempre. Sobretudo quando houver um número considerável de clientes TAG.

É certo que, nomeadamente a Vodafone, está a atacar o mercado da internet fixa e IPtv, portanto está a alargar a sua oferta. Mas então, e a TMN?! Estará à espera de uma solução decorrente unicamente da sua posição dominante? Tal como a Microsoft estava a fazer? Não fora o Steve Ballmer, e a Microsoft acabaria por cair às mãos do Gates.

E pronto. Como grande interessado (amador) que sou em tecnologia, redes móveis e internet, espero atento, e ansioso, para ver no que isto dá e pergunto:

Conseguirá uma caganita de um rato mandar ao chão dois elefantes?

quinta-feira, janeiro 21, 2010

ASSUMiTunes

E passou mais uma semana.
Agora que estou de regresso ao blog e que tenho, de novo, a obrigação de, pelo menos, manter a 'rubrica' ASSUMiTunes viva (uma vez que já me disseram que 'Só pela música vale a pena cá vir! xD'), vou dar conta do tempo a passar... O que é bom e mau... Mas... Adiante.

Mais Folk Metal para esta semana. Desta vez da Alemanha. No início vai parecer Lambada Metal. Mas não. É 'apenas' Folk Metal;)

EQUILIBRIUM!!!!!

Unbesiegt

'Schwarz die Nacht, die mich umgibt,
Die heulend an die Felsen bricht.
Sieh, wie ich dem Sturme trotz,
Werd Zeuge meiner Kraft!

Wo die andren niederknien,
Staub, Verachtung sich verdienen,
Stehe ich, komm sei mein Zeug:
Blutend, aber ungebeugt!

Nie werden sie mich brechen,
Niemals meinen Geist bestechen!
Nie werd ich mich verneigen,
Niemals ihnen Demut zeigen!
Nie sollen sie mich ergreifen,
Niemals meine Feste schleifen!
Sieh ich bin, komm sei mein Zeug',
Blutend, aber ungebeugt!

Viel gefochten, viel erlitten,
Jeden Atemzug erstritten.
Hart umkämpft, die Feste mein,
Die Kreise meiner Macht.

Einsam stehn die schwarzen Zinnen,
Trotzen aller Zeiten Wirren.
So auch ich, komm sei mein Zeug:
Blutend, aber ungebeugt!

Nie werden sie mich brechen,
Niemals meinen Geist bestechen!
Nie werd ich mich verneigen,
Niemals ihnen Demut zeigen!
Nie sollen sie mich ergreifen,
Niemals meine Feste schleifen!
Sieh ich bin, komm sei mein Zeug':
Blutend, aber ungebeugt!

Ich bin unbesiegt!
Ich bin unbesiegt!

Ich fürcht nicht glühend Eisen,
Noch fürcht ich Pein.
Ich bin mein eigen Heiland,
Werds immer sein.
Und wenn ich dir auch blutend zu Füßen lieg,
Weißt du genau: Ich bleibe unbesiegt!

Alles, was ich mir erstritten ...
meine Banner, himmelhoch ...
Auch wenn alle Mauern zittern ...
Bleib ich Herr auf meinem Thron,
Ja, für immer!

Viele sah ich nieder gehn,
Zuviele um je zu verstehen.
Doch habe ich nicht einen Tag auf diesem Pfad bereut.
Solln sie auf mich runtersehen,
Es schert mich nicht, ich bleibe stehen!
Auch du, mein Freund, ich bin dein Zeug, sei blutend, aber ungebeugt!'

terça-feira, janeiro 19, 2010

Bush hitleriano

É tão simples perceber porque em tantas manifestações se comparava W. Bush a Hitler. Tão fácil que nos passou despercebido!!!

Como foi possível a 'Blitzkrieg'? Fácil. Protegeu-se o Este com o pacto de não agressão celebrado com a U.R.S.S.. Assim, já era possível entrar com toda a força na Polónia. Com tanta força junta, claro que no tempo de um relâmpago se tomava conta da Polónia.

E o que é que W. Bush tem a ver com esta história? Tudo. Os generais americanos parecem ter saído da escola de guerra nazi.
'Bin Laden!! -> Vamos atacar o Afeganistão a bem do Mundo!'
'Armas de destruição maciça!! -> Vamos atacar o Iraque a bem no Mundo!'

Reparem agora: o que é que está entre esses dois países?
Pois... E nós ficamos a assistir...

domingo, janeiro 17, 2010

Novo teste

Estimados,

A todos os que vieram aqui à procura de um artigo com conteúdo, peço desculpa. Mas estou com um problema aqui e preciso de o identificar, uma vez que há várias entidades que trabalham na publicação e divulgação do blog.
Twitterfeed
BlogPress
Blogger

Um deles é culpado. E preciso de saber qual. E só com uns testesinhos destes:)

Cumprimentos,

sábado, janeiro 16, 2010

Mal-me-quer, bem-me-quer

Há algum tempo atrás fui convidado por um ilustre amigo (que ainda não vive na internet, motivo pelo qual não posso deixar aqui um link que vos ligue a ele) a escrever algo no âmbito da internet, nomeadamente, contestando, ou não, a tese de Andrew Keen no seu livro 'O Culto do Amadorismo'.

O texto será publicado em Fevereiro no primeiro número de uma revista da JSD que nasce com o contributo, entre outros, desse meu amigo Pedro Miranda.

Aqui seguem as letras com que contribuo para esse projecto. O título que dei a este artigo no blog corresponde ao título do artigo a ser publicado na revista. Sem mais delongas, aqui vai:

«Andrew Keen, no seu «O Culto do Amadorismo», vem alertar o Mundo para os problemas que estão a surgir como consequência do desenvolvimento da internet. Ou melhor, do desenvolvimento da possibilidade de qualquer ‘amador’ poder aceder à internet e publicar lá todos e quaisquer conteúdos sem haver uma prévia filtragem dos mesmos.
E pega, como estandarte da sua tese, em dois maus exemplos, no meu ponto de vista: a Wikipédia e os blogues.
Vamos à Wikipédia. Chamam-lhe ‘enciclopédia’. Não concordo. Em www.infopedia.pt, enciclopédia define-se como «1. obra de referência que inclui informação de fácil compreensão sobre todos os ramos do saber humano; (...) (Do gr. egkykliós paideía, «o conjunto das ciências»)».
Ora, a Wikipédia vai aumentando os seus conteúdos através da escrita de ilustres desconhecidos que vão dando achegas do que sabem acerca dos elementos a definir. Falta-lhe o carácter de ‘obra de referência’ enquanto escrita por técnicos de reconhecido mérito dentro da sua área. Portanto, eu que nada sei sobre fissão nuclear, mas que já ouvi dizer algumas coisas sobre o tema, posso perfeitamente ir lá colocar, como verdades absolutas, essas informações não confirmadas. Assim, partindo desta premissa - de que a Wikipédia dá conhecimento aos seus visitantes - parece que facilmente se percebe que esta ferramenta não é confiável. No entanto, Keen passa páginas e páginas a dizer o quão má ela é.
Por outro lado, quem entrar em www.infopedia.pt logo perceberá que é uma página na qual poderá confiar. Esta é uma página com dicionário e enciclopédia, ambos gratuitos como a Wikipédia, mas é um serviço gerido e fornecido por uma conhecida editora nacional. Sem a contribuição de ‘amadores’.
Será assim tão difícil, como Keen vaticina, descobrir em qual destes dois locais se encontrará informação mais fidedigna?... E não haverá assim tanta gente no Mundo com discernimento suficiente para fazer este distinguo?
No entanto, continua Keen a ter razão: a informação que é colocada numa grande maioria dos sítios da internet não é filtrada. De facto, hoje em dia qualquer pessoa publica qualquer coisa para todo o Mundo sem haver, como na indústria tradicional da publicação, uma filtragem do conteúdo e consequente selecção do que ‘merece’, ou não, ser publicado. Mas será isso um problema assim tão grave? Será grave eu agora ter acesso directo às preocupações dos iranianos vividas no último período pós-eleitoral? Será mau eu agora ter acesso a imagens sem edição captadas na Indonésia momentos após o tsunami de 2004? Será mau eu saber, quase no próprio momento em que se iniciou, que começou uma revolução num determinado país? Será assim tão mau eu receber estas informações todas directamente de anónimos que se encontram nos locais dos acontecimentos sem ser filtrada por jornalistas?
Eu confiaria mais na veracidade do trabalho jornalístico se não soubesse da existência de poderoso grupos económicos que estão por detrás, muitas das vezes a ditar orientações editoriais. Assim, Keen não me convence com o argumento de que a informação publicada deve ser, necessariamente, filtrada por profissionais da área. Pelo menos, nem toda. No caso de relatos factuais, não creio. Quanto aos artigos supostamente científicos da Wikipédia, nisso estamos de acordo. Não é uma ferramenta na qual possamos confiar.
Mas neste tempo em que se estimula o uso dos computadores (o aparecimento do Magalhães é o espelho disto) e, consequentemente, da internet, apenas há que continuar a educar e ensinar de forma a formar cidadãos inteligentes. E alguém inteligente e informado, saberá certamente que usando a internet, o filtro tem que ser ele próprio. Problema resolvido.
Agora os blogues. Keen ataca a sua capacidade de manter no anonimato (não rigorosamente no anonimato. Normalmente os bloggers assinam com nicknames, isto é, alcunhas que os identificam) autores que podem escrever tudo o que lhes apetecer sem consequências pelos danos que a sua escrita possa causar. Será assim, ou melhor, será que só agora com a internet é assim? Parece-me que não. Houve já - e por todo o Mundo - várias condenações de autores de blogues, nomeadamente, por crimes que atentavam à honra de determinadas pessoas. Mas o mesmo se passou já com ‘donos’ de colunas de opinião em jornais publicados segundo o ‘método tradicional’. Comportamentos violadores de direitos de terceiros serão sempre sancionados pela Lei. E a questão do anonimato? Poderá tornar mais difícil a investigação, mas a história mostra-nos que sempre se escreveu à sombra de pseudónimos. Este é um falso problema. Não é algo novo que surgiu com a internet, como Keen parece querer afirmar.
Um blogue é, na esmagadora maioria das vezes, um espaço de publicação de opiniões pessoais do(s) seu(s) autor(es). É do conhecimento comum. É a ‘coluna de opinião’ do ilustre desconhecido mas também de muitos autores conhecidos. Ao querer ver no blogue um perigo, Keen não está a querer alertar para nada. Cria, antes, um novo falso problema. Se eu quero saber o que X, Y ou Z escreve, vou ao seu blogue, Twitter, Facebook, etc.. Se não quero, não vou. Se acho que o seu comportamento não é correcto, posso dizer-lho. Ou se for criminoso, denunciá-lo. Ponto final.
No presente continuo a achar a internet uma ferramenta importantíssima, nomeadamente, de trabalho e ao nível de obtenção de conhecimento. Não só no acesso ao muito que por lá se escreve mas também pela possibilidade de comunicação gratuita e em tempo real com pessoas que vivem noutros contextos sócio-culturais completamente distintos do nosso. Aceder ao que um ilustre desconhecido escreve, vivendo num contexto completamente distinto do meu, é algo que considero importante, mas de que Keen não fala.
Com certeza que tem os seus riscos. Como tudo. E o da desinformação é um deles. Mas na minha óptica, mais preocupante serão ainda os riscos associados à criminalidade. E nesta área foram já identificados muitos riscos e a cada dia que passa mais ainda, tendo vários Estados feito já as suas ‘declarações de guerra’. A UE está atenta ao fenómeno. E Portugal, com a Lei do Cibercrime, Lei n.º 109/2009 de 15 de Setembro de 2009, veio transpor para a nossa ordem jurídica a Decisão Quadro n.º 2005/222/JAI, do Conselho, de 24 de Fevereiro, relativa a ataques contra sistemas de informação, e adaptar, assim, o direito interno à Convenção sobre Cibercrime do Conselho da Europa.
O alerta de Keen não trouxe nada que uma grande parte dos utilizadores ‘assíduos’ da internet já não se soubesse e outrossim os Estados. Talvez, também por isso, tenha gerado polémica.»

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Teste

Quem anda no Twitter já está mais que habituado a ver um tweet a sair com a expressão 'teste'. Neste mundo da Internet em que se cria muita coisa sem disponibilizar manuais de instruções completos, aqui está um artigo que faz um tributo a esses tweets de 'teste'.:)

Obrigado a todos os que vieram aqui ler isto, meus 'beta testers' favoritos!;)

O boato

"O boato é um vício detestável, sobre ser pecado de arrastar as almas às portas do Inferno. E porquê? Porque gera a calúnia e a calúnia engendra a infâmia e das infâmias há-de Deus pedir-nos contas quando chegar a hora. Ver para crer, dizia S. Tomé, e se o dizia de santíssimas verdades, que razões temos nós para o não dizer da primeira atoarda que nos murmuram aos ouvidos?"

Carlos de Oliveira, in Uma Abelha na Chuva, 1977

quinta-feira, janeiro 14, 2010

ASSUMiTunes

(Retomo o blog. Depois de muitas pesquisas para tentar encontrar um lugar alternativo a este 'velho' Blogger cheguei à conclusão de que... Ainda não criaram um que me encha as medidas:)
Com a possibilidade que as redes sociais - como o Twitter e Facebook - criaram para que se divulgue um blog, voltou-me a vontade de aqui escrever. Infelizmente, vontade sem tempo de nada adianta. Mas ter vontade já é um início:) E a possibilidade de usar o telemóvel para actualizar o blog também ajuda um bocado, nomeadamente por nem sempre haver tempo para estar frente ao computador. Mas do telemóvel dificilmente se está longe hoje em dia.
A ver vamos se há tempo suficiente para esta nova vontade.)

Fechado este parêntesis, vamos ao que interessa e que dá nome a este artigo. Volto a estar no blog, logo, volta a haver ASSUMiTunes. Os conteúdos escritos podem não valer de muito, mas ao menos o som de fundo compensará. Foi sempre essa a ideia do ASSUMiTunes:)

Uma música que me arrepia a pele, de uns senhores que me fariam fazer mais de 500 km para cada lado para os ir ver:

ENSIFERUM!!!!!!!

(e para quem gosta de apreciar a mensagem:

For many years ago
He left his home behind.
No farewells or a note,
Like a thief he fled into the night.

Heart full of foolish pride,
He caused a death of his clans man
All prophesies he denied,
And now in exile he grieves.

Hear the call of the fallen ones
Wisdom of those whose time has gone
Live your life bravely my first born son,
On battlefields fight, don't run.

The wheel of time keeps turning
A boy becomes a man.
But still shame burns him.
At last he understands.

He heads back to his homeland.
He rides fast like a storm wind
But the flames in the horizon,
Tell there is only death to be found.

By the smoking ruins of his past life.
He raises his hands to the skies,
"Oh god of thunder,
God of my fathers,
Strike me down for what I've done!)