quarta-feira, janeiro 24, 2007

Aborto

Porque eu tenho presente na minha memória que este espaço aqui existe e que, a piada destas coisas está no facto de se ir escrevendo com frequência, sempre que encontro um tema (e tempo) aproveito para publicar qualquer coisa. Além disso, também sei que há sempre quem vá passando por aqui (abençoado RSS. Sem ele ninguém cá viria!:P)
Aviso, desde já, que não vou escrever nada de jeito e que, por isso, para conseguir que leiam o artigo até ao fim, aviso também, que vou escrever pouco.

A propósito do tema que consta do título do artigo apraz-me dizer o seguinte:
Como já algumas pessoas, eu tenho uma opinão formada acerca do assunto mas não acho que seja "bonito" andar por aí de boca cheia a dizer ao Mundo o que penso nesta matéria. É um tema demasiado pessoal. De qualquer forma, gosto de jogos de palavras e frases enigmáticas, portanto:

- eu sou um pragmático (ou, pelo menos, tento sê-lo);
- choca-me pensar na possibilidade de se abortar porque o feto tem uma deficiência, nomeadamente, física. Porque se trata de um deficiente, já não merece viver?;
- concordo com o Alberto Costa quando diz que este é um problema de consciências, pelo que não se pode penalizar uma conduta deste género;
- acredito que a vida que temos enquanto feto é a mesma que temos cá fora. A forma de a viver é que é diferente. Dentro do útero vivemos em nirvana :P (Daí o nome de um dos álbuns dos Nirvana se chamar "In Utero")

4 comentários:

Anónimo disse...

Ser pragmático nesta questão é pensar como o Sr. Ministro da Saúde que conclui brilhantemente que podemos legalizar o aborto porque o Estado Português possui as condições necessárias para sustentar um aumento no número de abortos realizados...ser pragmático neste assunto é pensar que Portugal precisa urgentemente de aumentar as taxas de natalidade e, por isso, não se devia legalizar a prática do aborto (ou despenalizar, depende do que levem a avante)... mas, quando abordamos um problema tão complicado como é o aborto temos de olhar para exemplos de países como a França e para as vantagens e implicações da prática do aborto em estabelecimentos públicos para além das actuais situações previstas no cód. Penal...e não digo com isto que se deva fazer igual em Portugal, nada disso! Pois antes se deve colocar a questão que ninguém coloca que é a seguinte: estará Portugal culturalmente preparado para uma alteração tão profunda e de grande responsabilidade como esta? eu penso que não...

Vinnie, desculpa a extensão do comentário! :P

http://www.medicospelaescolha.pt/node/56

Anónimo disse...

Aqui está uma questão que será sempre polémica...
Sim, às 10 semanas temos um embrião, o k significa que n está totalmente formado, mas é um ser vivo...No entanto, o facto de ser deficiente não quer dizer que não mereça viver. Há vários tipos de deficiência e se souberes que o teu filho nunca poderá raciocinar, falar, andar, ter um comportamento que o permita viver sem depender de ti para sempre, será que mm assim consideras que isso é alguma qualidade de vida? Podes pensar por ti, ou seja, que tu nunca te importarias que o teu filho dependesse toda a vida de ti mas será legitimo para ele?
E o mesmo se diga quanto às mães que não podem ter filhos por meios economicos...e aqui refiro me mm à falta do minimo indispensável para a sobrevivência do ser humano...para morrer à fome?Para sofrer?e nao me venham dizer k se elas n kisessem n engravidavam...quem diz que tds os meios contraceptivos são totalmente seguros?quem me garante que tome a pilula tds os dias e por azar tenho uma paragem de digestão e lá se foi o efeito?quem me garante que o preservativo n rompe? Ou que n fica lá dentro?
Além do mais, nao me venham dizer que a mãe n sofre ao fazer um aborto, é claro que sofre(e há quem viva com essa dor durante anos) e não se trata de "descartar" um objecto, mas sim salvaguardar o filho do sofrimento que vai ter.
E o aborto é um tema de consciência, não somos nós que vamos dizer que não deve fazer ou k deve, cabe a cada mulher decidir o k fazer e não é por votarmos nao que as pessoas deixam de o fazer..o k vamos votar é uma despenalizaçao, não uma liberalizaçao do aborto...
Não é por eu não fazer um aborto de acordo com os meus principios que vou condenar quem o faça...cabe a cd um fazer a sua opção!
Ah e quanto ao facto de Portugal estar ou não preparado, é claro que estará e irá equipar-se dos melhores mecanismos para salvaguardar essa situação!

Miss* Duvalle disse...

este ultimo comentario disse quase tudo....
Eu ja escrevi lá no meu blog o ke pensava e tb sei q passaste lá...
Partilhei minha opinião pq acho mesmo necessário, ha muita gente que ainda nem faz ideia qual será a pergunta. Não se informam, nao têm interesse...e isso irrita-me tantoooooo!!!!!!!!!!!
Falei e espero que muita gente leia, espero que finalmente dê um salto de gigante e que perceba que tudo isto só trará segurança para as mulheres!!!
Para mais informações ler o ke escrevi no meu canto :))

Quanto a ti e a essa mania de dizeres q nao vais escrever nada de jeitoooooo...dass!!!
xato!!!
:p

beijo*

Anónimo disse...

Não podia deixar de comentar!
Eu voto SIM, claro!! Mas acho que já sabes! :)

Sou contra um lei injusta que atenta contra a dignidade, autonomia, direitos e liberdades das mulheres.

Sou contra uma lei que na sua base é unilateral e discriminatória, já que condena apenas uma das partes que gerou o embrião.

Sou contra uma lei que distingue as classes sociais, que existe para quem não tem dinheiro, e deixa impune quem o tem.

Sou contra uma lei que faz com que as crianças sintam na pele o facto de nunca terem sido desejadas.

Sou contra uma lei que mata, estropia e aniquila milhares de mulheres.

Sou contra uma lei que nega o acesso aos cuidados básicos de saúde, direito fundamental consagrado na constituição.

Sou contra uma lei ineficaz e injusta!!

" Despenalizar o aborto não significa torná-lo vulgar e acessível!"

Eu assumo, apesar de achares que a opinião de cada um não deve ser exposta aos sete ventos! :)

Beijinhos