Aviso - Espirros

Em primeiro lugar vou começar este artigo por fazer um aviso: a época de exames começou! Assim sendo, todo o tempo que tenho é bom que seja aproveitado e seja utilizado em actividades de registo mental de conteúdos. Isto para dizer que é muito provável que a distância entre a publicação de artigos passe a ser grande. E quando surjam, sejam tão ridículos como aquele que vou escrever de seguida...

Os espirros fascinam-me!
A primeira coisa que eu acho fascinante é o facto de não conseguirmos manter os olhos abertos enquanto espirramos. É impossível! E ainda bem. Porque caso houvesse a possibilidade de os manter abertos, os nossos olhos seriam empurrados para fora do crânio com a pressão que é feita durante o acto de espirrar.
A segunda coisa que eu gosto nos espirros é a sensação de bem estar com que se fica depois do mesmo. Não há nada como um bom espirro para se esquecer os problemas do mundo, e mesmo os nossos, durante uns segundos.
Mas há uma coisa que me aborrece às vezes... É o facto de a seguir se ter que dizer "Obrigado", depois de termos ouvido um "Santinho" ou um "Viva". Que raio de costume este que se iniciou a quando da terrível gripe pneumónica que assolou a Europa!
É que um espirro é uma coisa que me desorienta durante uns segundos. E como tal, às vezes, apetece-me entregar a essa desorientação e ficar quieto e calado a tentar voltar à normalidade.
Ora, se não disser o tal "Obrigado", a pessoa que disse uma das duas outras palavras, em geral ficará com a ideia de que sou uma pessoa mal educada.

No caso de não saberem, a gripe pneumónica deixava o nosso corpo de tal forma debilitado que um simples espirro podia ser o bastante para uma pessoa cair morta no chão. Por este motivo, se dizia "Santinho" que era mais direccionado para aqueles que caiam mortos. Passando-se pelas ruas onde se viam corpos caídos por todo lado, era prática corrente dizer-se aquela expressão que significava como que uma preparação para a outra vida. Por outro lado, houve quem achasse mais correcto dizer "Viva" como forma de dar um novo ânimo àqueles que já se encontravam doentes. E desta forma se formou esta "prática".

Curioso no meu caso é que disse durante anos e anos "Viva" e a certa altura comecei a dizer "Santinho"...