segunda-feira, abril 03, 2006

Barulho, entre outras coisas...

Na sequência do que escrevi no artigo "Coisas estranhas e gostos requintados" acabei por encontrar uma coisa que reforça a minha posição. Uma das coisas que as pessoas costumam dizer acerca do Metal é que se trata de "barulho". Ora, é um facto que, este estilo é caracterizado por uma frequente mistura de sons que são tocados energicamente. Se calhar, também por razões ligadas com a produção, é dada uma grande relevância à percussão, sobretudo no que toca aos pratos das baterias. Desde logo, o estilo foi apelidado de "heavy metal" quando um jornalista, tendo assistido a um concerto de Led Zeppelin, o consegiu descrever como sendo um constante bater fervoroso de peças metálicas. Portanto, este aspecto de se fazer sobressair a percussão, não é nada mais do que um elemento característico. Tal como o Hip-Hop se caracteriza por ter uma batida simples e um riff de 3 ou 4 notas...
Depois quanto ao aspecto das músicas serem tocadas de forma fervorosa há uma coisa a dizer. Um Aston Martin consegue atingir uma velocidade muito grande! Nas também dá para andar a passear à beira mar a uns 40 km/h. Ou seja, uma guitarra pode ser tocada com um som limpo, mas também pode ser tocada com o som distorcido! Tanto o Angus Young (AC/DC) como o Tim Stewart (guitarrista da Jessica Simpson) usam a mesma guitarra e note-se a diferença dos sons que cada um toca!
Portanto, o Metal é apenas mais um estilo. Nem mais que os outros, mas também, não menos que os outros.
Quanto ao aspecto de se tratar de "barulho". É só ver o video que está em baixo. Reparem nas imagens a preto e branco. Com certeza que as pessoas que fizeram com que elas acontecessem e, consequetemente, fossem gravadas, não ouviam Metal. Quanto às imagens a cores, apenas se trata de uns tipos que gostam de ser diferentes quando estão a tocar as suas músicas. Porque na realidade são como todos nós. Também por isso fiquei fã deste estilo. Porque vi que não é preciso ser maluco no dia-a-dia para se poder ser maluco em cima de um palco. Aliás, a lógica é um bocado a daqueles jogos violentos para as consolas. Estou a falar, por exemplo do Grand Theft Auto (GTA). É óptimo que as pessoas libertem energia. Energia acumulada faz mal. E é bom que o possam fazer sem serem provocados danos colaterais. Ora, se nos faz sentir bem matar personagems digitais, tanto melhor! Se nos faz sentir bem ver pessoas a desfazerem-se em palco em manifestações energéticas, tanto melhor! Se os senhores que provocaram as imagens a preto e branco descarregassem as suas energias num concerto de Metal ou em sua casa a ouvir uma boa "rockalhada", de certeza que não tinham que provocar aquilo cá fora.
Barulho? O que fará mais barulho? As manifestações transmitidas as preto e branco, ou as transmitidas e cores?


Ah! Já agora, trata-se dos DIMMU BORGIR a tocar a Mourning Palace

1 comentário:

Anónimo disse...

acho que o que interessa mesmo, pelo menos para mim, é a mudança de velocidades, quer na música quer nos carros. Referiste o Aston Martin para passar a ideia de que tudo depende como se usam as coisas... e é verdade. Às vezes só nos apetece andar a alta velocidade durante um tempo, mas não sempre; outras vezes apetece-nos dar o tal passeio à beira-mar; porém, o que dá mesmo adrenalina é variar de pouca velocidade para uma grande velocidade e vice-versa: assim nos carros, assim na música...