terça-feira, abril 25, 2006

Deixar qualquer coisa

Depois de ler mais umas páginas do romance que ando a ler - "Código Civil" do famoso consagrado "legislador de 1967" - eis que começo a sentir a pressão de vir aqui escrever mais qualquer coisa. Uma coisa que me ajuda, e muito, a ganhar inspiração, ou pelo menos "lata" para escrever coisas que não interessam a ninguém, mas de qualquer forma escrevê-las, é a música.
O meu computador é uma autêntica caixa de música que não pára de tocar desde que o ligo até que o desligo. A maior das banalidades e matéria sem interesse, escrita ao som de uma boa música, surge-me como a mais fantástica tese de doutoramento escrita até hoje. É o que sinto neste momento. Tenho a certeza ABSOLUTA que não estou a escrever nada de importante e, mesmo assim, continuo... e continuo... e continuo...

Entretanto uma pequena branca e já tenho assunto para continuar. O engraçado disto tudo é que me fui apercebendo de uma coisa que me fascina. Pegando, novamente na música, não é espectacular - para não estar sempre a usar o raio da expressão "fantástico" - que músicas escritas hà dezenas de anos continuem a passar nas rádios e continuem à venda nas lojas? Já menos espectacular é que os editores continuem a ganhar dinheiro à custa daquelas geniais criaturas que criaram algo que se perpetua nas esferas das outras pessoas. Mas isso é outra questão que dava um outro artigo...
O mesmo se diga dos livros - e sobretudo dos livros - que imortalizam nomes. Falei eu em "dezenas de anos"? Sim, também estava a falar de música... Ora, "dezenas de anos" não é a unidade mais adequada para se falar em livros. Platão! (para bom entendedor...)

Mas tudo isto para eu tentar chegar onde? (Sim eu sei. Nunca me disseram mas eu sei que tenho uma pequena caractarística. É-me inevitável começar a falar de um tema sem fazer uma introdução. A questão é que, em geral, as minhas introduções são (de longe) mais interessantes e extensas do que as conclusões a que chego.)
O que eu queria, pois, dizer era o seguinte: eu sei que não venho aqui dizer nada de jeito muitas das vezes. Mas a uma coisa acho piada. Por muito insignificante que seja - e sou -, aqui fica sempre um pedaço de mim. Valha isso o que valer. E isso é uma coisa que tem significado para mim - se é que isso vos interessa minimamente.
Por isso, uma coisa que aconteceu faz tempo com um amigo de um amigo e a que não dei o minimo valor na altura, seria agora, também para mim, uma catástrofe tal como foi para ele. Pois parece que ao fazer uma alteração qualquer no blog, todos os conteúdos que lá estavam desapareceram...

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